Viver em Pernambuco - Momentos de aprendizado 2 ...

Hoje o almoço foi um enorme gerador de cultura pernambucana (obrigado Kátia, Cláudia e Ana K)...

O tema é o suco, como vocês podem deduzir da foto ao lado.

Pois bem, a gente sempre se lembra com saudade de nossa amiga Carol, agora buscando o sucesso lá pelos lados de Fortaleza, brilhando como sempre.

Mas, neste "causo" é a lembrança de um adjetivo local que nos traz de volta.  Mais um momento de cultura deste seu repórter.

Um dia, no almoço, a nossa amiga pediu um suco (acho que de abacaxi), e o tal suco veio batido em água - era de polpa (cuidado, suco de poupa é uma caderneta espremida) e, para o gosto de nossa amiga, com água demais.

Ela, uma carioca migrante, recifense pelo coração, mas ainda com os vícios do idioma pátrio falado mais ao sul, reclamou  que "...o suco estava aguado."  Pronto, foi o que bastou para que o ganimedes, mais do que depressa, fosse buscar um adoçante e um açucareiro, pois na terra de Capiba, qualquer coisa aguada é aquela que está sem açúcar!

Viver em Pernambuco - Momentos de aprendizado...

A cada dia que passa, neste meu período pernambuco de vida, mais eu aprendo que este brasilzão é enorme, que as diferenças nos hábitos e costumes são interessantes e, algumas vezes muito engraçadas.


A imagem ao lado retrata a última...um fecho eclair.


Inventado em 1891 pelo americano Whitcomb Judson e aperfeiçoado pelo sueco Gideon Sundbäck em 1914, o fecho de correr, zíper, fecho ecler ou fecho eclair tem seus nomes no Brasil advindos de três origens:  a portuguesa, a francesa e a americana.  Mais comum entre nós (aqueles da faixa etária deste seu repórter) é chamá-lo de fecho eclair.  A dita fermeture à glissiére ou fermeture à cremaillére está em nosso dia a dia, sem que percamos tempo em percebê-lo, a não ser quando, inadvertidamente, esquecemos de fechá-lo ou - e quem dos meus leitores do sexo masculino ainda não sofreu disso -quando belisca a "ferramenta" inadvertidamente mal colocada no lugar?


Pois bem, não é que em Pernambuco o danadinho tem outro nome?  É claro que a influência americana não perdoa, e por aqui também o chamam de ziper.   Mas e o nome aportuguesado, de origem francesa, o tal do eclair" ?

FLASH ECLER !!!!

No domingo, o inverno volta ao Recife

 Os antigos (e hoje os antigos somos nós) já diziam: "não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe".  Pois é, o sol se foi, de mãos dadas com o céu azul.  Ventou forte a noite inteira, os vasos de plantas da varanda amanheceram tombados (tadinho do Ota, que vai ter que limpar...), e o dia amanheceu como podem ver nas fotos.  A de baixo é da frente e a do lado direito a dos fundos.  Para o Tonito, que é fã, lá vai o Caravelle...


Hoje tem F1 (dá-lhe Rubinho!) e Flu e Avaí (tricolor sofre mas gosta ) e mais arroz de pato³.
Na política, como sempre tout ça change, tout c'est la meme chose.  Quem aguenta mais ler sobre isso?
Me preocupa a crise grega, vai sobrar para a Espanha, Portugal e Irlanda.  Aliás, quem foi que criou a denominação PIGS?  A China trocando os Treasury Bonds por ativos reais, sei lá...


De qualquer maneira, a todos os meus leitores, bom domingo!

Ainda bem que amanhã é segunda-feira e tudo volta ao normal.

Rede, sol, céu azul...porque hoje é sábado...

Hoje é sábado...

Quem não se aproveita disto e descansa, refaz suas energias, toma umas e depois:arroz de pato².  Na verdade, esquentar no micro ondas não resultou em uma recuperação boa do sabor.  Creio que o fato de usar arroz integral tem alguma culpa, mas o que fazer?

Amanhã, arroz de pato³, mas (re)aquecido no vapor;

Arroz de Pato

Numa tarde chuvosa, aliás como em todo dia de São João que se preza, este Repórter meteu-se, mais uma vez, a experimentar receitas e a investir a sanidade que lhe resta - mais temas sobre o assunto no futuro, aguardem! - em cozinhar e degustar um "arroz de pato à portuguesa".  Nem bem sei porque fiz esta opção (talvez por ter pensado em investir uns trocados para passar uma semana de férias em Lisboa, aproveitando da proximidade dessa cidade ao Recife), mas de pato em punho e com a ajuda de uma panela de pressão, resultou o prato em destaque na foto.  A salada foi, é claro, um plus para abrilhantar o almoço.  Aliás, a quantidade de arroz de pato transformou-se, na verdade, não só no almoço de sexta-feira, como também de sábado, de domingo e, quem sabe, de uns jantares comedidos ao longo da próxima semana...

O passo do elefantinho ...

O Globo de hoje (internet): Elefantes invadem cidade na Índia, espalham pânico e deixam um morto...

Olha o passo do elefantinho... Da inesquecível música de Lawrence Welk (Baby Elephant Walk), lembro-me de Hatari (um filme passado na África, com John Wayne, para os mais novos) e de meu período como residente nesta Babel de cores, sons e odores que é a India. Nunca vivi a experiência de ser atropelado por um elefante em fúria dentro de uma cidade mas, por diversas vezes, fiquei parado em sinais de trânsito tendo ao meu lado não somente as dezenas de motocicletas que agora são quase tão comuns por aqui pelo nordeste, mas um belo e fagueiro elefante, aguardando pacientemente que a luz passasse a ser verde, para ir em frente. Engraçado é que não me lembro de ver um elefante avançando o sinal nem buzinando para que o carro (ou outro elefante) à sua frente se movesse logo que a luz ficasse verde...são mais bem educados que a média dos motoristas do meu Brasil.

Song of Ice and Fire - Atualização

A quem se interessa, os dois primeiros livros da série já estão traduzidos e à venda no Brasil, com os títulos: A Guerra dos Tronos e A Fúria dos Reis.

Aproveitem...

Livros

Bem amigos, eu falei de George R. R. Martins e do Song of Ice and Fire, e olha eles aí. Estes são os primeiros quatro livros da série, e o quinto está para ser lançado no mês de julho próximo. Eu também consegui uma imagem da capa (aliás, eu encomendei este livro em dezembro de 2008!!) do próximo livro, intitulado A Dance with Dragons.

Espero que a HBO continue com a série e recomendo a quem se interessa pelo estilo e tema destes livros que não deixe de lê-los. A versão em português está em fase de preparação (Editora Leya - é o que dizem...)

PS: Não esqueça de anotar os personagens num papelzinho, pois são tantos que os leitores podem (aconteceu comigo) se confundir.

Boa leitura

Da janela, o inverno continua ...

Para quem pensa que nordeste é somente sol e praia e calor, umas imagens da minha janela (com tratamento photoshop para remover os prédios que tapam parte da minha visão). Os dias tem sido meio ensolarados meio nublados, o mar encarpelado por um vento que assovia pelas frestas das esquadrias antigas que cercam as minhas janelas.

Estas fotos marcam os 10 minutos de sol que tivemos hoje, sábado.

Exterminador exterminado ou Terminator terminado

Arnold é a nova vítima da entreperna. Depois de 25 anos de casado, reconheceu a paternidade de um filho com a empregada Mildred. Maria, de família rica e poderosa decidiu divorciar-se dele e, como divórcio em caso de "gaia" é sempre complicado, acho que o Arnold entrou pela tubulação. Já se fala em suspensão de projetos, divisão de bens, fim da carreira política (que aliás, aqui entre nós, nunca deveria ter nem começado). O famoso "I'll be back" meio que ficou para trás (com trocadilho) já que a moça com quem ele andou se enroscando não é lá essas coisas. Acho que vai ser mais tipo "Hasta la vista, Maria".

Mais uma vez, a "poderosa perseguida" derruba a vida de alguém famoso - do mesmo jeito que já derrubou a vida de muitos não famosos.

Game of Thrones ou Fantasia Pornô ?

Por influência de meu filho, tornei-me um viciado em livros e filmes de fantasia, reinos imaginários, dragões, cavaleiros e outros mais.

De todos os que já li, a série Wheel of Time do já falecido Robert Jordan (no seu 13º livro, continuada por um brilhante jovem escritor de nome Brandon Sanderson, que também já publicou vários livros, mas aí estou saindo do assunto...) e a série da qual trata este post, de nome A Song of Ice and Fire, escrita por George R.R. Martin são as minhas favoritas, já as tendo lido e ouvido (em áudio-livros).

No tema da postagem, a HBO produziu e está apresentando (nos USA há cinco semanas e no Brasil há duas) o primeiro livro da série Ice and Fire, chamado de Game of Thrones. Tenho acompanhado esta série com satisfação, pois os episódios, apesar de naturalmente não conseguirem conter tudo o que se passa nas 835 páginas do livro, estão sendo bastante bem feitos e permitindo que até quem não leu o livro acompanhe e entenda as muitas tramas e personagens tratados na história.

No primeiro episódio já vimos como o jovem Bran, escalando as paredes do castelo de seu pai, flagra a rainha em pleno ato sexual com o próprio irmão, fato este muito importante na trama que se desenrolará nos próximos capítulos, mas a cena retratada neste post passa um pouco dos limites. Depois de ardoroso encontro com a mocinha ao seu lado, o jovem se coloca em posição que permite a visão detalhada de sua ferramenta!

Sei lá, me parece exagero, vocês não acham?

de Marta a Jair

Ninguém discute que a homofobia deve ser proibida, até criminalizada, bem como o racismo, a discriminação e outros que fazem parte do nosso ser e viver, desde os tempos coloniais. Quem não se lembra de haver estudado, no ginásio (era assim que se chamavam os anos de escola frequentados entre os 12 e os 15 anos de idade) a história do mundo? No colégio militar, onde passei bons seis anos de minha vida, era uma das matérias mais exigidas, até pela necessidade de um contraponto ao aparente exagero do colégio no ensino das ciências exatas. Neste estudo da história do mundo constatávamos, em todas as épocas, as perseguições, discriminações e até as guerras por consequência de diferenças de opinião. Quem não as tem?

O homosexualismo faz parte da história da humanidade, em sua versão masculina ou feminina. Quem não tinha, como colega em algumas de suas salas de aula, aquele menino que falava fino e tinha trejeitos? Antigamente eram chamados de mariquinhas, "criados por vó" e outros apelidos, mas que faziam parte do nosso dia-a-dia, sem quaisquer restrições. As meninas eram mais discretas e, pelo menos para mim, invisíveis, já que a única mulher que me lembro no colégio militar era a Ten. Jandira, enfermeira.

O mundo evoluiu para uma maior liberdade de opiniões e permitiu que aqueles que preferem atender às suas naturais necessidades sexuais com pessoas do mesmo sexo, "saíssem do armário" e expusessem ao mundo as suas preferências. Nada contra, muito pelo contrário. Acredito que cada um pode e deve seguir o seu caminho, com a colheita do que plantar, as boas e as ruins.

Agora, no Brasil, vivemos um ponto de inflexão na nossa sociedade. O STF já estabeleceu, claramente, que a união estável entre pessoas do mesmo sexo é natural e legal, com todos os direitos e deveres daquelas entre pessoas de sexo diferente. Ótimo, pelo menos os direitos civis estão garantidos.

O que se vê, agora, é a discussão da lei que criminaliza a homofobia. A relatora do projeto, a Marta, ex-sexóloga da tv, crê que pode até alterar a Lei Afonso Arinos, permitindo que religiosos possam falar mal dos homosexuais durante os cultos. E agora, Marta? Será que vão poder falar mal dos negros e judeus, também? Ou a lei vai ser mudada para criar uma nova categoria de cidadão?

Do outro lado, o paladino Jair, militar e convicto defensor da chamada "direita", marca presença por sua incontinência verbal e sua posição dura (sem trocadilho) contra tudo e todos que pretendem modificar qualquer coisa que envolva os homosexuais.

E no meio de tudo isso, o governo, em nome da modernidade e através do MEC, patrocina cartilhas e filmetes sobre o tema, para serem apresentados às crianças, supondo que a informação fará com que a discriminação diminua.

Sei lá, se a gente tecla a palavra gay no Google já aparecem mais de 58 milhões de hits...acho que a coisa vai de mal a pior. Ou será que vai de Marta a Jair?

95 / 85 - Mudanças na regra de aposentadoria

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, disse que vai instituir a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria do setor privado, válida para quem ingressar no mercado de trabalho só a partir da vigência da nova lei.

Para os atuais trabalhadores, o ministro defendeu a fórmula 85/95. Proposta no governo passado, ela permite a aposentadoria pelo valor integral quando a soma da idade (a) com o tempo de contribuição previdenciária (b) atinge o número 85 para as mulheres e 95 para os homens.

No caso deste seu repórter, pouca diferença isto fará, pois a soma de a + b já está passando dos 96, chegando já ao 98 quando o dia sexy chegar. Assim, basta esperar mais um pouco e ver o que acontecerá. Na verdade, o tal fator previdenciário foi de pouca valia para este repórter, mas esta nova regra, na verdade, vem um pouco tarde.

Sabiá, aqui vou eu!

Palocci, você de novo?

Tem gente que não se cansa de aparecer mal na foto. Nosso ministro-chefe da Casa Civil parece ser um deles. Depois do mistério da casa da "Turma de Ribeirão Preto", da denúncia do Francenildo e do extrato de conta bancária revelado sem autorização do dono, estamos às voltas com a Consultoria. E agora, como explicar? Vá lá, consultores podem ganhar muito dinheiro, sei lá US$ 1 mil ou mais por dia. Mas até aí, piquiri. Como é que um ex-ministro da Fazenda, que na verdade é médico de formação, sai por aí se tornando um dos consultores mais caros do país? Alguma coisa acontece no meu barracão...

Por quê não vir a público e abrir o jogo? Quem foram os seus clientes? Se eles insistem em confidencialidade ( e eu entendo bem disso, pois consultor também sou) é porque tem algo a temer se forem identificados. Numa consultoria científica, com segredos tecnológicos e de valores inestimáveis, ainda vá lá. Mas consultoria de político?

Palocci também se atrapalhou ao começar a jogar no ventilador o nome dos outros ex-ministros que tem consultoria. Esqueceu de dizer que estes, ou vieram para o governo da iniciativa privada e pra ela voltaram ou nela entraram e nunca mais saíram para cargos públicos.

Que as respostas sejam dadas, antes que um novo Francenildo apareça e eu perca, de vez, a confiança que ainda me resta em alguns políticos que me parecem ser bem intencionados.

Aqui em Recife só faz chover - é o inverno, seu burro!

Aqui em Recife, chove sem parar, nesta quinta-feira. Pelo que já aprendi, nestes muitos meses em que aqui estou, isto se chama inverno. Para mim, "sulista" ( já que não existe a denominação "sudestista"), tendo morado em Curitiba, viajado pelo mundão afora, inverno é sempre associado ao frio, à uma nevezinha ou outra, a nevoeiros, a um bom vinho, boas comidas bem quentinhas, tipo fondue, passar a entender que inverno significa chover sem parar é um exercício mental.

De modo que, ao olhar pela janela de casa e, agora, pela janela/vitrine de meu escritório e ver que chove copiosamente, como diziam nossos avós, é constatar que estamos no inverno, seu burro!!!

e o DSK, hein? O que o tesão pode fazer a um homem (ou mulher...)

É verdade! O poder da entrepernas fica cada vez mais patente. Tesão deste jeito, aos 62 anos de idade é para fazer inveja!

Só quem parou para pensar em algo além da vergonha de ser preso, de ser exposto em público (o que a polícia americana chama de "perp walk") uma opção que a nossa polícia também explora, talvez acreditando que esta é a maior punição que pode aplicar aos suspeitos, sem ter que passar pelo longo e tortuoso caminho de provar alguma coisa - lembrem-se do velhinho da Schincariol - tentará entender o que leva um homem rico, poderoso, futuro provável presidente do país que deve ser o mais divertido politicamente do mundo, a França, a agarrar uma camareira e tentar forçá-la a ter relações com ele. Aliás, os teóricos da conspiração estão aparecendo de suas tocas, perguntando-se se isso tudo não foi uma armação.

Do meu lado, não tenho opinião formada. Só me perguntei, ao ler cuidadosamente as notícias, é como alguém pode, à força, exigir de outro que lhe faça sexo oral, sem ameaça de armas? Eu consigo visualizar a cena, aquele homem nu, com uma barriga mole e pelancuda, com aquela ereção meia-bomba, dizendo para a camareira: "chupa aqui!", e ela, humildemente e modestamente, como cabe aos imigrantes africanos, lembrando-se dos momentos em sua vida em que haveria (?) passado fome, dando-lhe uma belíssima de uma dentada na "pitoca" (não esquecer que sou o repórter do Recife!)...

Será que esta história está mal contada???

A ver...

Onde a vontade de escrever reacendeu-se

Foi numa rápida viagem de passeio a Nova Iorque que, entre um forte gripe, uma febre incômoda e dores muito fortes na minha perna esquerda, decidi voltar a escrever. Nada de esotérico ou de descoberta mística. Apenas pensei, se os amigos acham tempo para escreverem no Facebook, no Twitter em em outros as suas vidas, seus pensamentos e desejos, por quê eu não voltava para cá, para o repórter, e fazia minha modesta contribuição para esta zona que está o nosso planetinha?

Aí, voltei!